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O crescimento do neostalinismo na juventude é um sintoma do realismo capitalista?

Atualizado: 7 de ago. de 2023


Por Sidarta Landarini*


O objetivo desse texto é cumprir uma demanda dos meus companheiros e companheiras de organização para realizar uma síntese do ensaio intitulado “O neostalinismo, nostalgia e o realismo capitalista”, de minha autoria, publicado na seção Memória e Luta da última edição da revista do Niep-Marx, Marx e os Marxismos [1]. Além de ser uma síntese, irei aproveitar este espaço para contextualizar o motivo de sua escrita e apontar pequenas correções que não foram absorvidas a tempo da diagramação e publicação do referido artigo.


Contexto


“É mais fácil imaginar um socialismo burocrático, autoritário e moralista do que um socialismo libertário”


Ano passado estava navegando pelo Youtube quando o algoritmo me sugeriu o vídeo do Ian Neves falando sobre realismo capitalista. Meu projeto de tese de doutorado tem relação direta com esse conceito de caracterização do capitalismo contemporâneo proposto por Mark Fisher. Por isso, não hesitei e cliquei por curiosidade. Embora fosse um vídeo longo, já tinha muitas visualizações. Nunca tinha ouvido falar de Ian Neves até então, considerei o vídeo muito superficial, além de ignorar (ou apagar propositalmente) diversas partes importantes da crítica desenvolvida por Fisher. Mas o canal História Pública tinha uma estética agradável e atraente, numa linguagem moderna e digital dos símbolos comunistas. Portanto, naveguei um pouco mais no canal, assisti um vídeo sobre o Laos e outro sobre o Vietnã, e aos poucos fui percebendo, em tiradas irônicas e cínicas o posicionamento anti trotskista de Ian. Até me deparar com o tenebroso vídeo “O que é Leninismo? Trotskismo é ‘Leninista’?”[2].

O sentimento de indignação que senti ao ver esse programa me fez recordar de outros youtubers comunistas, em específico do Jones Manoel, no presunçoso vídeo na qual afirma que a diferença Trotsky x Stálin seria uma falsa polêmica e/ou sua resposta ao Michel Lowy sobre a questão ambiental, ou qualquer um dele defendendo Losurdo e o capitalismo chinês [3]. Portanto me perguntei, será que o Jones Manoel já deu seu pitaco sobre o realismo capitalista? E sim, seu vídeo trata de maneira muito genérica e superficial a ideia de Fisher, reduzindo-o apenas a uma estratégia retórica utilizada pelo capitalismo [4]. Até aí tudo bem, se não fosse o problema dele usar da mesma estratégia “realista” para se contrapor a perspectiva ecossocialista [5].

Meu primeiro impulso foi pensar: “é muita contradição usarem o Fisher e ao mesmo tempo serem propagandistas da nostalgia stalinista”. Elaborei um pouco melhor a reflexão e construí a hipótese, não seriam eles e o público deles, frutos da dinâmica do realismo capitalista? Em dois dias escrevi o esboço do que viria a se tornar o ensaio publicado na revista do Niep-Marx. Portanto, gostaria de deixar meus agradecimentos a Rodrigo Santaella e Vinicius Almeida, camaradas que leram a primeira versão do texto e contribuíram profundamente para o amadurecimento do ensaio. Também queria registrar o agradecimento aos pareceristas da revista Marx e o Marxismo, que embora não os conheça, todas suas críticas foram absorvidas para a versão final do texto.


Síntese


De maneira introdutória, o ensaio localiza o pensamento de Fisher em uma interface de diálogo com Fredric Jameson (consequentemente, Ernest Mandel), Alain Badiou, Bifo Berardi, Zizek, Antonio Negri, Christian Mazzari e Lacan, dando eco ao apresentado pelos editores da Autonomia Literária, responsáveis pela edição brasileira do livro Realismo Capitalista. Também é reconhecido o impacto que a tradução dessa obra causou, em especial, sua reverberação nos espaços da Internet, e consequentemente, dos influencers da esquerda brasileira. Para assim realizar os questionamentos: A estruturação da tese do Realismo Capitalista não entraria em choque com as bases teóricas e práticas que alguns desses influencers propagam? E, não seria a própria ascensão desses sujeitos, sintomas do realismo capitalista?

Portanto, tomando como referência exemplos presentes nos vídeos de Ian Neves e Jones Manoel, assim como em atitudes extremistas de trolls neostalinistas, especialmente da juventude, percebo semelhanças entre suas ações agressivas e os fenômenos observados na alt-right, cujos fóruns propagam ódio contra determinados grupos sociais. Isso levanta a seguinte indagação: qual é a diferença entre a postura dos trolls neostalinistas e a prática da alt-right contra a classe trabalhadora? Tanto os trolls neostalinistas quanto a alt-right têm em comum a utilização da nostalgia como afeto central, além de explorarem amplamente os meios digitais para ampliar seu alcance e disseminar suas ideias.

É importante reconhecer, contudo, que o crescimento do neostalinismo não é exclusivamente resultado da digitalização da vida, é também fortemente influenciado pelo cenário de desamparo gerado pelo realismo capitalista. A geração pós-crise de 2008, por exemplo, vê na China uma oposição ao imperialismo estadunidense. Outro fator relevante é a fragilidade das organizações não-stalinistas em se estabelecerem como protagonistas na disputa pelo campo revolucionário brasileiro, o que também acaba favorecendo o crescimento do neostalinismo.

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O primeiro ponto do ensaio se intitula “A digitalização da experiência e sua dinâmica”. Na qual, busco explicar como o funcionamento algorítmico das empresas digitais são ferramentas que estimulam discursos extremistas, sendo que, extremismo é diferente de radicalismo (Ver na p. 117). Ou seja, as empresas digitais têm uma arquitetura algorítmica que se alimenta e constrói “sujeitos ressentidos”, em sua grande maioria, vítimas de diversas formas de desamparo social e econômica, mas que encontram na Internet seu ambiente de segurança, legitimidade e pertencimento, logo, se tornam objetos de desejo das empresas, pois são usuários intermitentes, mesmo que para propagação de ódio [6].

Mas se a extrema-direita abusou de tal formatação do espaço virtual proporcionado pelas grandes empresas digitais, a esquerda também buscou ocupar esse espaço, constituindo-a como um campo de disputas narrativas [7]. Porém, o grande problema da inserção da esquerda foi utilizar da linguagem algorítmica proporcionada pelas empresas digitais, ao invés de criar uma nova linguagem e/ou plataformas antagônicas aos grandes conglomerados das empresas digitais. Dessa maneira, a esquerda é totalmente absorvida pelas dinâmicas de performatividade estética e linguagem agitativa que tais empresas digitais “engajam”. Logo, é uma esquerda que apenas performa o aspecto revolucionário, ao invés de formar agentes revolucionários. O melhor exemplo dessa dinâmica dupla de performatividade revolucionária e propagação de ódio é o caso do Ian Neves:


Ian Neves se dedicou a produzir longos vídeos, tanto sobre o realismo capitalista, quanto sobre como o “trotskismo deve ser combatido”. Em um desses vídeos, Neves explicita que sua aproximação com a esquerda foi por fora dos espaços tradicionais, por exemplo, culpa o movimento estudantil por tê-lo afastado da política e confessa que sua experiência universitária no curso de História na USP não foi boa em termos “sociais”. Sem dúvida nenhuma, o movimento estudantil, sindicatos e outras formas mais tradicionais da política são carregadas de vícios, burocráticos e comportamentais, mas se opor a eles para construir a narrativa do porquê se tornou “comunista” é realizar trajetória semelhante à do “sujeito ressentido”, apolítico.

Vejamos, Ian profere frases como “para o trotskista todo mundo é burro menos ele”, “o trotskismo é pseudomarxista, ultrarrevolucionário e esquerdista”, “todo trotskista tem como linha combater o Stalin” – frase dita pela pessoa que dedicou uma hora de vídeo para difamar o marxismo-leninismo de viés trotskista sob um argumento “científico histórico”. Mas não só isso, segundo ele, o movimento estudantil trotskista utiliza de “coletivos de música” para atrair calouros e as universidades estão infestadas de trotskistas, conteúdo argumentativo semelhante é utilizada por figuras da direita, como o Lobão (Landarini, 2023: 117).

Portanto,


a dinâmica das empresas digitais estimula a expressão de tais sentimentos sem nenhum processo reflexivo do sujeito, pois falar “Stalin matou pouco” rende curtidas e legitimação no núcleo social (Rupnik, 2012; James, 2008; Zuboff, 2021). Soma-se nessa receita, a nostalgia por um tempo que só existe na cabeça de quem conta, que acolhe e leva o “sujeito ressentido” para um espaço de conforto (Boym, 2017; Fisher, 2014), formando-se o troll neostalinista (Landarini, 2023: 118)

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No segundo momento do ensaio, intitulado “O realismo capitalista na prática”, é brevemente situada a origem do conceito elaborado por Mark Fisher, advinda do uso paródico de “realismo socialista/socialismo real” (Fisher, 2020, p. 14) e seu significado como “uma atmosfera penetrante, que condiciona não apenas a produção da cultura, mas também a regulação do trabalho e da educação – agindo como uma espécie de barreira invisível, limitando o pensamento e a ação” (Fisher, 2020, p. 33) [8]. Para então, apresentar a transcrição do vídeo de Jones Manoel, “Capitalismo, medo e dominação”, na qual é evocado o realismo capitalista como discurso que impede o surgimento de alternativas anticapitalistas. Porém, comparo essa fala de Jones, com outra fala dele próprio, emitida no vídeo “A ecologia na União Soviética”, na qual destila um discurso “realista” contra a concepção ecossocialista de Michel Lowy. Também relato brevemente a defesa de Ian Neves pelo chamado “centralismo teórico”, que é basicamente a defesa de pensamento único dentro do partido revolucionário.

Utilizo esses exemplos para mostrar a contradição (nada dialética) que esses sujeitos fazem entre suas defesas políticas e os manuseios instrumentalizados do conceito de realismo capitalista. Situando-os como sintomas dessa caracterização do capitalismo contemporâneo, pois reproduzem a própria lógica que tentam criticar. Por exemplo, a instabilidade e desamparo social econômico é tão grande, ao ponto de um sujeito (Ian) defender idéias de pensamento único, aliadas sempre a discursos de “caça aos trotskistas”. Ou, de Jones Manoel e seu fascínio pelo imperialismo capitalista Chinês. É como Fisher afirma em seu livro Ghosts of my life (2014): “nós estamos presos no século XX” [9].

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No terceiro ponto do ensaio, intitulado “A juventude neostalinista como consequência do realismo capitalista”, busco conectar o argumento de Fisher com os dados apresentados anteriormente, para assim, sugerir que uma parcela da juventude que se engaja na esquerda brasileira aciona o afeto nostálgico, fantasioso, em relação a URSS de Stálin, para se proteger do desamparo socioeconômico estabelecido pelo capitalismo contemporâneo. Vejamos,


Se o stalinismo se preservou na esquerda brasileira pós-queda do muro de Berlim graças a alguns acadêmicos do PCB, da retórica entreguista do PCdoB ou da hierarquia burocrática do PCR (UP), a dinâmica do “fim da história” e do “pós-modernismo”, ao invés de eliminá-los, os absorveu e construiu um espantalho de suas posições para figurar no museu: “aquilo que é a esquerda”, e por isso o real capitalismo é melhor do que eles. Como vítimas desse processo, em vez de assumirem a derrota por conta das suas escolhas, a tradição stalinista, como mecanismo de defesa, apegou-se ainda mais ao seu passado. Só que agora, o passado pode ser recriado, imaginado, fantasiado e seguro na memória contra a presentificação e fragmentação da vida que o neoliberalismo provoca (Landarini, 2023: 120)

Portanto, o afeto nostálgico é espaço de segurança, fortemente alimentado pelas dinâmicas da Internet, tais como na cultura dos memes: “reject modernity, embrace tradition”, o vaporwave e etc.


O problema é que “[…] a nostalgia pelo contexto em que os velhos tipos de práxis podiam operar é simplesmente inútil” (Fisher, 2020, p. 50). Mas como ela é imaginada, embelezada e reduzida em sua complexidade, nos memes, nas palavras de ordem e nos clichês dos discursos, torna-se conveniente para os sujeitos escolherem tal caminho, sem nenhum processo autocrítico (Landarini, 2023: 120)

Dessa forma, a necessidade de se “inventar o novo” emerge como uma necessidade para a esquerda revolucionária que se nega a viver no passado (os apaixonados acríticos pelo Trotsky também precisam refletir sobre isso). O próprio Fisher sugere saídas, para ele há três fraturas no discurso do realismo capitalista, são elas: A burocracia capitalista, a questão da saúde mental e a questão ambiental. É nesse momento, que as contradições do discurso do capitalismo contemporâneo não conseguem se sustentar na materialidade da vida. Porém, para organizações de tradição stalinista, encarar essas pautas como fundamentais para a classe trabalhadora é muito difícil.

Vejamos, o que há de mais revolucionário em relação a pauta ambiental é a defesa irrestrita do ecossocialismo, bandeira que vai na contramão do neodesenvolvimentismo e contra o progresso econômico como valor irrestrito da humanidade, na qual os neostalinistas ainda acreditam haver necessidade para transição socialista. Também é a corrente política responsável por combater o capitalismo verde e o ecofascismo. Pois, apresenta sua crítica pautada profundamente nos interesses da classe trabalhadora, evidenciando o racismo ambiental que a burguesia mundial é responsável. Já em relação à saúde mental, é preciso uma posição embasada nos estudos das políticas antimanicomiais e antiproibicionistas, por exemplo, no contexto brasileiro ser contra a guerra às drogas é ser contra a guerra aos pobres e contra o extermínio da juventude negra! Portanto, organizações que são moralistas ou abusam da pejoratividade ao diferente, não conseguem dar conta de apresentar uma saída nessa fratura do discurso realista capitalista. Assim como, em relação à burocracia capitalista, pois as organizações neostalinistas herdam e fantasiam, justamente, com os piores aspectos de Stálin, e o principal é tratar o centralismo democrático como uma palavra vazia de prática e de formação militante, talvez o melhor exemplo atual, seja a crise que o PCB está passando.

Após essa defesa, é apresentado no artigo uma série de passagens do Mark Fisher que se opõe diametralmente às propostas neostalinistas, principalmente, as reflexões sobre memória e nostalgia. Nesse sentido, é apresentado a ideia de Svetlana Boym sobre existir uma nostalgia restauradora e outra reflexiva, e é apontado como a dinâmica do stalinismo nas empresas digitais performam muito mais uma nostalgia restauradora do que uma reflexiva. Para finalizar nas considerações finais com um pequeno resumo de tudo que foi trabalhado no artigo.


Correções do artigo


Como disse na introdução, houveram algumas correções que não foram absorvidas na diagramação final do artigo e segue a lista das que eu consegui identificar:


  1. Na página 116 no parágrafo que antecede o subtítulo está escrito a frase “o objetivo desse artigo é fortalecer”, substituir “fortalecer” por “fornecer”.

  2. Na página 117 colocar em itálico a palavra real no parágrafo que cito Fisher, pois esse real é o conceito lacaniano que Fisher utiliza em seu argumento.

  3. No parágrafo seguinte, acrescentar o que está em negrito: “Ian Neves se dedicou a produzir longos vídeos, tanto sobre o realismo capitalista, quanto sobre como o ‘trotskismo deve ser combatido’. Em um desses vídeos, explicita que sua aproximação com a esquerda foi [...]”

  4. Pág. 119: “de a classe” para “da classe”

  5. Pág. 121: Acrescentar uma nota de rodapé na frase “inconsciente para descolonizar” escrito o seguinte: “Curiosamente, tal afirmação também virou um meme na internet, o que por um lado banaliza sua importância, pois cria uma caricatura da esquerda que se preocupa com tais discussões, porém, por outro dissemina a importância da temática”.


Obs.: A imagem da divulgação foi retirada desse bom texto, https://avoyager.net/politica/ideologia/estalinismo/neostalinismo/


Referências:


E recomendo assistir ao “react” do canal Orientação Marxista, encontrado aqui: https://www.youtube.com/watch?v=h3Giq1Nn_UA&ab_channel=Orienta%C3%A7%C3%A3oMarxista



E uma excelente resposta ou “react”: Orientação Marxista. “Jones Manoel ensina como falsificar a história”. Ep #38. Youtube, 11/04/2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qrdYCleezMA&ab_channel=Orienta%C3%A7%C3%A3oMarxista



[5] https://www.youtube.com/watch?v=eFc0NmBmH8M Mostro a contradição em meu artigo.


[6] Aqui há uma série de pesquisas citadas no ensaio para sustentar tal argumentação, são elas:

ALEXANDER, Jeffrey. “Vociferando contra o iluminismo: a ideologia de Steve Bannon”, Sociologia & Antropologia. Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, 2018, pp. 1009-1023. Disponível em: . Acesso em: 06/04/2023


BROWN, Wendy. Nas ruínas do neoliberalismo: a ascensão da política antidemocrática no Ocidente. São Paulo: Politeia, 2019.


DARDOT, Pierre & LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.


KEHL, Maria Rita. Ressentimento. São Paulo: Boitempo, 2020. KIMMEL, Michael. Angry white men: American masculinity at the end of an era. New York: Nations Book, 2013.


JAMES, Oliver. The selfish capitalist: origins of affluenza. London: Vermilion, 2008.


O’NEILL, Cathy. Weapons of math destruction: how big data increases inequality and threaten democracy. New York: Crown, 2016.


RUPNIK, Jacques. “Hungary’s illiberal turn: how things went wrong”, Journal of Democracy. Baltimore, v. 23, n. 3, 2012, pp. 132-137.

WAJCMAN, Judy. Pressed for time: the acceleration of life in digital capitalism. Chicago: University of Chicago Press, 2014.


ZUBOFF, Shoshana. A era do capitalismo de vigilância: a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2021.


[7] A internet como campo de disputa:


BORN, Georgina & HAWORTH, Christopher. “From Microsound to Vaporwave: internet-mediated musics, online methods, and genre”, Music and Letters. Oxford, v. 98, n. 4, 2017, pp. 601–647.


BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Difel, 1989.


________. A distinção: crítica social do julgamento. Porto Alegre: Zouk, 2007.


________. Outline of a theory of practice. Cambridge: Cambridge University Press, 1977


GLITSOS, Laura. “Vaporwave, or music optimised for abandoned malls”, Popular Music. Cambridge, v. 37, n. 1, 2018, pp. 100-118.


GRAMSCI, Antônio. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.


HINE, Christine; PARREIRAS, Carolina & LINS, Beatriz Accioly. “A internet 3E: uma internet incorporada, corporificada e cotidiana”, Cadernos De Campo (São Paulo - 1991). São Paulo, v. 29, n. 2, 2020, pp. 01-42. Disponível em: . Acesso em: 06/04/2023.


[8] FISHER, Mark. Realismo capitalista: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo? São Paulo: Autonomia Literária, 2020.


[9] FISHER, Mark. Ghosts of my life: writings on depression, hauntology and lost futures. Winchester/Washington: Zero Books, 2014.


Sidarta Landarini é Cientista Social, doutorando em antropologia no PPGSA/UFRJ e em música na UA, militante da Rebelião Ecossocialista.



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