No segundo semestre de 2023 ocorrerá o VIII Congresso Nacional do PSOL. Convocado com um regimento ainda mais restritivo para a participação da militância nos debates, o VIII CNPSOL terá que discutir a localização do PSOL no contexto das lutas e a sua relação com os governos de conciliação de classe. A militância da Rebelião Ecossocialista, que construiu no último período um bloco de oposição ao atual campo majoritário, defende que o PSOL seja uma ferramenta voltada a fortalecer os enfrentamentos da classe trabalhadora em toda a sua diversidade, contra o ecocídio capitalista e todas as formas de exploração e opressão.
Para isso, apontamos três eixos fundamentais para o debate:
- A defesa de um programa de transição ecossocialista para o Brasil, consequente com o atual estágio da emergência climática, visando frear a destruição capitalista da Terra, da humanidade e de todas as formas de vida;
- O combate ao bolsonarismo e à extrema direita que, mesmo com a derrota eleitoral, seguem tendo uma base social expressiva e ameaçando as liberdades democráticas. Este enfrentamento só é possível retomando uma dinâmica de lutas, sem confiança que o judiciário ou os pactos por cima resolverão o problema;
- A independência de classe em relação aos governos de conciliação com a burguesia, como o governo Lula-Alckmin, sem as ambiguidades que hoje fragilizam as posições do PSOL em batalhas fundamentais pelo revogaço das contrarreformas, na contraposição à agenda neoliberal e nas lutas em defesa do meio ambiente;
No esforço de fazermos com que cada um desses temas sejam pautados em um congresso tão restritivo democraticamente, nos articulamos para a construção uma tese comum com as companheiras e companheiros da APS, Alicerce, Centelha, LSR, Revolução Ecossocialista e militantes independentes que em todo o Brasil reivindicam um PSOL radicalmente democrático, socialista e independente dos governos e da burguesia.
Clique aqui para ler a tese completa.